Wednesday, January 10, 2007

Compartilhamento não é pirataria

Em entrevista ao site ZiriGuidum, a Fernanda Takai, do Pato Fu, deu uma resposta muito inteligente, mostrando que nem todos os artistas tem a visão bitolada sobre compartilhamento de conhecimento e diferenciam esta ação da pirataria de rua:
A distribuição de MP3 já causou impacto na venda de discos do Pato Fu?
Aqui no Brasil os números de pirataria que mais derrubam as vendas é a de rua. Cerca de 70% do mercado é pirata. O compartilhamento de arquivo ajuda mais do que atrapalha, de certa forma é uma vitrine. O ponto X da questão é dos direitos do compositor, pois os artistas que fazem show tem essa forma de sobreviver, agora imagina quem são os compositores, que vivem só da produção intelectual? Não tem como medir e arrecadar nada. Essa é uma situação que está sendo discutida. Tem um monte de gente trabalhando para isso se resolver.

Conhecimento não se compra! Se toma!

Coletivo Sabotagem é uma iniciativa brasileira. Visite o site, leia o manifesto: "Na dita "sociedade da informação" o bem mais precioso, como o próprio nome já diz, é a informação. Rumores fazem despencar bolsas, uma informação mal contada pode levar países a bancarrota, segredos privilegiados podem transformar qualquer vendedor de cachoro quente em um novo magnata. Os conhecedores dos poderes quase milagrosos da informação detêm um monopólio cada vez maior desse bem precioso. O conhecimento que poderia ser usado na intenção de engrandecer a humanidade como um todo e promover uma melhor comprensão de si e das coisas à sua volta, se transforma, ou se mantém, no mesmo status de um bem material qualquer, sob a regência das flutuações do mercado. E as leis, que segundo dizem alguns, deveriam proteger o cidadão e elevar a todos à um nível de igualdade, misteriosamente são moldadas a partir dos interesses desses mercadores de informação."

Atualização 15.08.08: site do coletivo está fora do ar já faz algum tempo. Parece que os engravatados brasileiros conseguiram atrapalhar o sabotagem. Assim que tivermos novas informações, publicaremos o novo endereço do coletivo.

Detritus

Contruindo novos trabalhos criativos a partir de trabalhos antigos, conheça Detritus:
In nature, detritus is dead plant and animal matter that makes new life possible. The very bottom of the food chain, detritus is the rotting leaves in the forest, the silt on the bottom of the pond, the thick dark mud in the salt marsh. It sticks to your shoes, it smells, but someday it will be food for something else, and that something will be food in turn, on and on up the food chain until you pick it up in the supermarket and put it in your mouth.

Our society spends a lot of time telling us that there is some brand new, fresh cultural produce, generated from thin air and sunshine, slick and clean. They package it with pretty plastic & ribbons and then feed it to us. A lot gets thrown away: the ribbons, the wrapping; culture becomes garbage, or it dies, and rots behind the refrigerator. But the new fluffy shiny stuff still gets churned out, and it gets forced between our teeth. And we are told to swallow it.

We will not swallow. We will chew, and then spit. We will play with our food, and create something new and interesting from it.